A JBS afirma que conta com um programa de segurança e saúde de autogestão a fim de padronizar os processos internos, programas e legislações em relação à segurança e saúde ocupacional. “Tais procedimentos estão alinhados às normas regulamentares (NRs) com o objetivo de reduzir os acidentes”.

O número de acidentes de trabalho no grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista cresceu no ano passado assim como o total de ações trabalhistas.

Entre medidas preventivas que a empresa está cumprindo, segundo o MPT de Mato Grosso, a adoção da “pausa térmica”, que estipula descanso de 20 minutos para cada 1h40 de trabalho em temperaturas baixas. Mas a companhia tem sido acusada de não cumprir outras medidas previstas em segurança do trabalho.

A JBS foi condenada a adotar medidas de saúde e segurança do trabalho na unidade de Alta Floresta, no Mato Grosso, onde ocorreu vazamento de amônia. A companhia recorreu da decisão mas em abril o Tribunal Regional do Trabalho do Mato Grosso negou o recurso. Na ação, o MPT relatou que o vazamento levou 17 funcionários ao hospital e “demonstrou a incapacidade da JBS de responder de maneira rápida e eficiente a situações de emergência”.

Do total de R$ 2,6 bilhões em ações trabalhistas relatadas em suas demonstrações financeiras de 2016, foram provisionados cerca de R$ 340 milhões, valor que a companhia considerou com probalidade de perda naquele momento. No ano anterior, as provisões eram maiores, cerca de R$ 396 milhões. Mas o total de ações envolvendo o grupo aumentou, de 31,3 mil em 2015 para 34,1 mil em 2016.